A gente passa tanto tempo
construindo a nossa vidinha, os nossos hábitos, as nossas manias, que quando
vem uma mudança significativa, parece que tudo isso pode ser ameaçado.
O ser humano se define pelos costumes, pelas
tradições e pelos hábitos de seu grupo; ou seja, pelo seu mundinho
particular. E, nesse pequeno mundinho, o
ideal é que nada mude, o ideal é que tudo permaneça do jeito que está.
Mas o mundo não para, nem por
um segundo, e a cada dia parece rodar ainda mais rápido e as mudanças acontecem
numa velocidade exponencial.
Há muito tempo a velha frase:
“uma coisa puxa outra!” ... não vale mais.
A verdade é que agora, uma
coisa puxa outras cem coisas, e ao mesmo tempo.
Mas, por que será que tanta
gente é tão resistente às novidades?
Será só o medo do
desconhecido?
Será que é só apego às velhas
manias e costumes?
Ou será que é, simplesmente,
um reflexo da nossa necessidade básica de segurança e estabilidade?
Seja lá qual for a resposta, a
verdade é que a gente vive num mundo em constante transformação, e isso exige
de nós flexibilidade, maleabilidade e plasticidade.
As mudanças podem ser desconfortáveis,
assustadoras até, mas a gente não pode se dar ao luxo de ficar parado no tempo.
Afinal, quem não muda não evolui, e quem não evolui vai perdendo a importância, a serventia e pode-se tornar obsoleto, que é o último grau da desimportância
social.
É compreensível que a gente
sinta um certo apego às coisas que já conhecemos. Essas coisas fazem parte da
nossa história, da nossa identidade. Elas nos oferecem o senso de
pertencimento, de continuidade, de estabilidade. Mas a verdade é que por mais
que a gente tente segurar o tempo, ele sempre vai escorrer pelos nossos dedos.
O único caminho para continuar
participando da vida, é encontrar um equilíbrio entre o novo e o antigo. Não dá
pra ficar preso ao passado, nem dá pra abraçar todas as novidades sem
questionar. Precisamos aprender a lidar com as mudanças de uma forma saudável,
sem medo, mas também sem perder de vista quem a gente é e quais são os valores que alicerçam a nossa identidade.
Acredito que a chave para isso está em mantermos uma postura aberta e curiosa diante da vida, dispostos a aprender, mas também a questionar e a reinventar maneiras de, cada vez mais, fazermos tudo da forma mais alegre e divertida possível.
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