De todas as coisas que a
depressão tira de uma pessoa, a esperança é a pior e mais dolorosa.
Aqui, não estou me referindo a esperança tola e superficial, sem raízes. Estou falando da esperança profunda, capaz de trazer certeza, de mover montanhas e que não vai só até a página dois.
A esperança sobre a qual estou falando vai até o final do livro, e se precisar escreverá quantas páginas a mais forem necessárias, enquanto esperança houver.
A esperança é uma força
poderosa, um dos mais pilares da alma humana. É o impulso
que nos motiva a continuar diante dos desafios, a acreditar em dias melhores e
que, mesmo diante de qualquer crise, sempre haverá uma saída.
A origem da palavra esperança vem
do latim, mais precisamente do verbo "sperare", que significa
"esperar, desejar, confiar". Desde a história antiga, a esperança é
vista como a virtude que nos permite lidar com os obstáculos de forma positiva
e construtiva.
Quando a esperança se traduz em
um poderoso combustível emocional, tornar-se uma força extraordinária e capaz
de realizações impressionantes. Mais do que coragem, ela acende a autoconfiança.
A esperança é, também, uma das
emoções mais essenciais para a saúde mental e emocional. Quando perdemos a
esperança, um gatilho é acionado provocando um estado de desespero e desânimo com consequências
graves, potencializando a possibilidade do aparecimento de uma série de
problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade. Aqui, o risco é
duplicado, porque a falta de esperança pode ocasionar uma depressão, e a
depressão sempre vai aumentar ainda mais a perda da esperança, criando um ciclo vicioso mórbido e perigoso. Um verdadeiro
buraco negro que suga toda a energia da vida.
Por outro lado, quando
cultivamos a esperança, estamos nutrindo nossa alma com otimismo, positividade
e resiliência, além de incentivar a empatia recíproca, nos ajudando a alimentar e a manter a fé em nós mesmos e nos outros.
A esperança também tem um
papel fundamental na construção dos relacionamentos. Quando esperamos o melhor
das pessoas e acreditamos que elas podem agir com as melhores intenções,
estamos abrindo espaço para a compreensão, o diálogo e a empatia.
E, a esperança é para todos,
sem distinção alguma. E nada tem a ver com religião ou crenças
espirituais, é uma coisa de cada um consigo mesmo, só depende de nós mesmos. Acontece
em nossas instâncias mais íntimas.
Em suma, a esperança é uma atitude
essencial para uma vida minimamente compensadora. Ela nos ajuda a lidar com as
dificuldades, mantém nossa alma nutrida e nos permite construir relacionamentos
saudáveis e duradouros.
Edmir Saint-Clair
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