Esse é o grande paradoxo sob o qual a humanidade se encontra. Individualmente somos fracos, necessitamos de um grupo para sobrevivermos, em muitos sentidos. Entretanto, somos tão individualizados em nossos sonhos, vontades, sentimentos e desejos, dada nossa própria natureza, que o coletivo nunca traduz as vontades de todos. Busca satisfazer à maioria, mas satisfaz apenas aos cabeças, aos líderes e seus próximos. O fascínio do poder, do comando, só existe por que seu oposto é tão forte quanto o fascínio de não fazer nada e ter tudo, a lei do menor esforço, que prefere se submeter por comodismo e covardia. Alguns terceirizam até seus pensamentos e opiniões.
O coletivo é forte quanto a força física de faz necessária. Seja manifesta ou apenas sugerida, como na democracia. Ou seja, o coletivo é uma forma primitiva de impor submissão pela força do grupo. Mas, o único que pode promover a evolução e a solução das questões que se apresentaram para a própria sobrevivência como indivíduo é o indivíduo. Soluções não só para si mas, também, para o grupo como tal. O coletivo só se impõe quando impõe medo ao indivíduo.
Pena que tenha tanta gente ainda nos primórdios do "juntar um grupo para bater e subjulgar o outro". Seja no braço, no tacape ou na mentira. O conhecimento e o desenvolvimento mental e tecnológico trarão respostas no futuro, certamente.
Estamos num momento extremamente delicado da humanidade. Velhos paradigmas já não servem mais e os novos são débeis e não apresentam conteúdo suficiente para substituir os antigos. Para sustentar séculos de colunas erguidas sob conhecimentos e percepções obsoletas.
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