Sempre estivemos presos, sempre cada um em si
Faz
parte da história da humanidade
Presos
às imagens, rótulos, marcas da futilidade
Da
vida baldia que foge de si
Da
inutilidade que não faz sentido, do que não tem alma...
Aconchego
real são os outros, são os abraços trocados
São os toques, são os risos, são os cheiros,
É
o calor de janeiro bronzeado para sempre na pele
São
muitas coisas ao mesmo tempo
Multiplicando o tempo em arte
Que
é tudo que nos resta fazer
Porque
o resto é o nada mais
O nada,
A única coisa na qual nos transformaremos
É
isso que os anos nos jogam de volta no rosto
Enrugados e marcados
Pelos dedos dos tapas que nunca mais saíram
Entranharam, esculpindo sulcos na dura face
E expondo
a fina arte que só o tempo é capaz inventar.
– Edmir Saint-Clair
Nenhum comentário:
Postar um comentário